quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Revista Time de Fora diagramada

Logo no segundo semestre do curso, em 2010, ainda aprendendo a mexer no InDesign, diagramei essa revista para um exercício de Programação Visual. Como a tarefa pedia apenas um exemplar diagramado, com texto falso, a Time de Fora foi idealizada com um conceito simples: um revista sobre esportes, com um foco um pouco distante do futebol.

Para visualizar a Time de Fora, é só clicar aqui.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Chris Anderson e o "futuro dos preços"


No livro Free: O futuro dos preços, Chris Anderson traz a discussão da inserção do Grátis num novo modelo econômico que vai se moldando no século XXI. Não é necessário ressaltar as proporções da importância do uso de novas tecnologias nas empresas que concorrem no mercado moderno. O foco agora é analisar a forma de pensar empreendedorísticamente nesse contexto. E a forma mais viável de equilibrar boa reputação/repercussão a boas somas em dinheiro é usar do Grátis em seus negócios.

“Dar muitas coisas para ganhar dinheiro com algumas poucas” é o pensamento de empresas como o Google, que oferece tantas ferramentas – dentre elas editor de textos e planilhas, o Google Maps, Earth, Books, caixa de emails e muitos outros – gratuitamente, para ganhar dinheiro – e dinheiro muito – simplesmente com o sistema AdWords de venda de espaço para anúncios relacionados a determinadas palavras buscadas. Elaborar uma estratégia de cativar o público, de criar o que ele deseja utilizar, deve vir a frente mesmo de monetizar o produto, afinal de contas, o dinheiro só vem se interessar a alguém adquiri-lo.

Na Cultura do Grátis, algumas empresas oferecem serviços/produtos sem custo algum como uma forma de testar ideias novas, e, indo além, existem outras que utilizam o Grátis não como um passo intermediário para consolidação de um modelo próprio de negócio, mas como “a essência de sua filosofia de produto”. De novo o Google: é com a gratuidade de suas ferramentas e do acesso à informação que a empresa ganha dinheiro.

Diante do quadro global de redução de custos, proveniente do compartilhamento P2P e inovações tecnológicas, dar ênfase ao Grátis pode representar a melhor forma de “atingir o maior mercado possível”, desde que se consiga atravessar seu maior obstáculo: como converter toda a boa reputação em dinheiro. Distribuir o serviço sem custo em vários nichos de atenção do consumidor e/ou atrelá-lo a produtos complementares – que tendem a ser consumidos juntos – são opções de estratégias de maximização de mercado consumidor e, ao mesmo tempo, lucrar com o grátis. Mas um ponto interessante que o autor toca é que conseguir ganhar dinheiro usando o grátis como aliado não é tão simples como o Google faz parecer ser. Se não parar e analisar suas posições e possibilidades após criar um público sólido, a empresa tende a estacionar como simples – porém ampla – distribuidora de produtos por compartilhamento, não um negócio que gera dinheiro.

Trabalhar com o Grátis, principalmente na Internet, é enxergar possibilidades de lidar com números enormes de quantidade e variedade de públicos, o que se deve fazer é ver que eles têm necessidades específicas a serem atendidas. O impacto econômico mais evidente está na “transformação de indústrias de bilhões de dólares em indústrias de milhões de dólares”: o Grátis inegavelmente reduz o retorno financeiro, porém aumenta em muito valores que não se mensuravam no antigo modelo econômico – como o conhecimento coletivo, a participação. Ou seja, a riqueza das antigas empresas “analógicas” não simplesmente desaparece, mas é redistribuída e ganha novos valores, que não apenas o financeiro. As novas empresas tomam consciência disso, adotam estratégias para dar para as pessoas o que elas querem e lidam com um modelo mais monetarizado de negócios só quando precisam.

Mas então vem a ideia do paradoxo do Grátis. No mercado tradicional, as possibilidades de concorrência com empresas de grande porte era bem difícil, por serem mercados segmentados por preço e qualidade. Já no modelo econômico da largura de banda, da Internet, do Grátis, apesar da maior diversidade de produtos, porém pouca diversidade de preços, o mercado tende a ser do tipo “o vencedor leva tudo”. É como se as barreiras de participação do mundo dos negócios fosse bem baixa, mas, para prosperar – no sentido de ficar bilionário como os criadores do Google –, ainda se fazem necessárias estratégias bem definidas para “monetizar o desmonetizado”, sem, contudo, comprometer todo mercado do Grátis – isto é, sem o objetivo de “quebrar” as outras empresas – que é bem mais interligado e interdependente que o antigo.

Chris Anderson, em Free, faz um apanhado sobre os efeitos do Grátis na economia moderna nos faz enxergar a influência de tal estratégia mercadológica inédita e ainda polêmica, mas que vai tomando forma e se difundindo rapidamente na vida dos produtores/consumidores da Era digital.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Resenha de "A Cauda Longa"

A Cauda Longa, de Chris Anderson
A Cauda Longa é um best-seller do escritor norte-americano Chris Anderson que analisa como o mercado de nichos está substituindo o mercado de hits na nova economia.

Chris Anderson inicia A cauda longa mostrando como a economia agora volta-se do mercado de hits para o mercado de nichos. Antes, o consumidor de entretenimento orientava suas compras pelas listas dos mais vendidos, produtos que estão na “cabeça” dos gráficos de venda das lojas. Hoje, percebe-se que os produtos da cauda, aqueles que não despertam interesse suficiente para estarem nas prateleiras das lojas, têm uma enorme importância no mercado. 
 
Com o surgimento de novas tecnologias e lojas on-line – Anderson usa o exemplo de lojas de livros e cds, como a Amazon e Rhapsody -, em que o gasto com espaço não é necessário, a oferta passou a ser muito maior. Ou seja, o consumidor agora consegue encontrar aqueles produtos que, por falta de espaço e de demanda, as lojas “físicas” não ofereciam. O grande número de itens da cauda longa, mesmo que eles tenham pouca demanda, é o que garante a importante participação deles no lucro das empresas on-line.
 
Anderson compara o exemplo dessas lojas on-line a outros sites. Segundo ele, a cauda longa também é parcialmente responsável pelo sucesso de sites como Google, que garante boa parte de sua receita com pequenos anunciantes, e eBay, que explora produtos de nichos, expandindo seus mercados.
 
Para falar da democratização das ferramentas de produção, o autor usa o exemplo das descobertas feitas por conta da união entre astrônomos amadores e profissionais, a partir do momento em que certos equipamentos, como telescópios, se tornaram mais acessíveis e a internet surgiu como mecanismo para troca de informações.
 
Essa interação e o compartilhamento de informações que contribuíram para os avanços na astronomia são características marcantes da web 2.0, um termo que não é diretamente citado por Anderson. O advento de softwares e serviços simples – as ferramentas de produção – transformou o internauta de consumidor passivo para produtor ativo. Hoje, é fácil montar um blog, ter acesso a programas como os de edição de fotos e de vídeos. Esse pensamento pode ser resumido na seguinte frase do autor: “quando as ferramentas de trabalho estão ao alcance de todos, todos se tornam produtores.”

O escritor norte-americano Chris Anderson

Poucas pessoas mantêm um blog ou postam seus vídeos no youtube por dinheiro, e sim pelo prazer de fazer aquilo. A Internet mudou a indústria musical, por exemplo. Uma banda não depende mais de sua gravadora para fazer sucesso. Há diversos exemplos de bandas que ficaram conhecidas apenas por meio de divulgação na Internet. Claro que, do montante que é colocado na rede diariamente, é preciso saber separar o bom do ruim. Mas essa troca de informações, a propaganda “link a link” e a cultura do “faça você mesmo” proporcionaram o surgimento de inúmeros novos artistas, que agora são capazes de alcançar um número muito maior de pessoas.
 
Anderson também discorre sobre o fenômeno da wikipedia e sobre o poder da produção colaborativa, características da web 2.0. Segundo ele, a wikipedia, o google e o universo dos blogs funcionam de acordo com a lógica da estatística probabilística. O sistema não é perfeito, mas se trata mais de probabilidade do que de certeza. Ou seja, apesar de, isoladamente, existirem falhas nos verbetes, quando se leva em conta todos juntos, eles se tornam mais eficientes do que as enciclopédias de papel, por exemplo. Esse tipo de sistema probabilístico se beneficia da inteligência coletiva.
 
Os possíveis erros presentes na wikipedia podem ser mais rapidamente consertados, diferente do que acontece com as enciclopédias. E esse é o grande trunfo da wikipedia: por ser criada pelos próprios usuários, ela está em beta perpétuo, constante atualização. O fato de não ter um limite físico e permitir o uso de recursos como fotos, gráficos e hiperlinks, além da produção colaborativa, a torna única. A wikipedia pode funcionar como ponto de partida, mas a pesquisa não deve terminar ali.
 
Anderson considera os blogs como uma espécie de cauda longa. Eles são, portanto, de conteúdo variável e funcionam como uma fonte de informação diferente da mídia tradicional. Apesar de ser necessário “filtrá-los”, já que alguns exibem conteúdo repetido, encontra-se nos blogs informações e pontos de vista que não são, por diversos motivos, apontados pela grande mídia.

Teoria da Cauda Longa

Os vídeos amadores colocados no youtube e os verbetes escritos na wikipedia, no entanto, muitas vezes não têm o lucro como objetivo. Na cauda longa, a criatividade e o prazer de fazer aquilo apenas por fazer, sem remuneração, impulsionam o processo. Já na cabeça, o objetivo principal é o lucro. O que estiver localizado entre os dois extremos segue uma combinação desses modelos de economia tradicional e não-monetária.
 
Por esse motivo, a visão com relação aos direitos autorais é diferente e determinada pela posição dos autores no gráfico. Aqueles posicionados na cabeça, como as grandes gravadoras, tendem a não abrir mão da defesa de seus direitos autorais. Ao longo da cauda, porém, a visão é outra. Muitos ali veem como positiva a reprodução e divulgação de seus produtos. Apesar dos diferentes pontos de vista, a lei de direitos autorais não faz essa distinção, o que acaba por tornar confusa a linha que separa pirataria de gratuidade.
 
A economia não-monetária da cauda longa também reflete-se no mercado editorial. Hoje, o valor comercial que um livro possa vir a ter não é mais o motivo principal para que ele seja escrito. A queda nos custos de editoração permite que cada vez mais pessoas possam editar seus livros, que agora passam a garantir lucro mais como reputação e status do que dinheiro propriamente dito.

Ao final dessa parte do texto, Anderson aponta que a cauda longa pode se transformar na “área crucial da criatividade”, já que as ferramentas para isso são baratas e o sucesso comercial não é que norteia seus produtores. Daí, as ideias se desenvolvem e alcançam o topo.


Nesse vídeo, Anderson explica a teoria.



Para baixar o livro, é só clicar nesse link.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Revista Mochileiro diagramada

Esse foi o resultado do exercício de diagramação de revista da disciplina de Programação Visual em Jornalismo, lá do começo do curso, mais precisamente do 2º semestre.
O exercício consistia na aplicação dos conceitos de diagramação e design que tivemos contato durante a disciplina num "esqueleto" estético temático e individual. Para bolar a Mochileiro, me baseei em revistas de turismo e viagens como a Viagem e a Volta ao Mundo, de visual mais clean, com uma paleta de cores mais quentes e muitas fotografias. Vale ressaltar que o exercício era essencialmente estético, isto é, não pedia elaboração de matérias.

Confira a diagramação na minha estante do Issuu: